ESCOLA DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA CLASSE TRABALHADORA - VÂNIA BAMBIRRA
mié, 22 jun
|Minicurso Online
Minicurso - "Os impasses na transição ao socialismo no Chile e a contrarrevolução"
Minicurso sobre a obra de Ruy Mauro Marini com Renato Ramos Milis
Horário e local
22 jun 2022, 19:00 – 21:00
Minicurso Online
Sobre o evento
O minicurso "Os impasses da transição ao socialismo no Chile e a contrarrevolução" é uma atividade-convite do Grupo de Estudos de Teoria Marxista da Dependência (GE-TMD/EFOP) que trata da análise de Ruy Mauro Marini na obra "O reformismo e a contrarrevolução: estudos sobre o Chile"
O GE-TMD/EFOP estudou esta obra de Marini debatendo a questão do reformismo e das estratégias da frente ampliada no Chile que antecedeu o golpe militar de Pinochet e a ditadura chilena.
O GE-TMD/EFOP está com convocatória para a entrada de novos membros para o 2º semestre de 2022 e o minicurso é uma forma de compartilhar os estudos já realizados e convidar novos membros para os estudos que se darão no grupo. As inscrições para novos membros ocorre até o dia 28/06/2022, data na qual ocorrerá o primeiro encontro do segundos semestre de 2022. Os encontros do GE são quinzenais e ocorrem nas terças-feiras. Interessados com todos os níveis de conhecimentos são bem-vindos, o fundamental é que tenham a disposição e o comprometimento com o estudo da realidade latino-americana.
As inscrições são obrigatórias e devem ser realizadas pelo site da EFOP: efopvaniabambirra.com.br
Sobre a obra "O reformismo e a contrarrevolução: estudos sobre o Chile":
Embora estude o Chile na década de 1970, O reformismo e a contrarrevolução: estudos sobre o Chile é um livro imprescindível à compreensão do Golpe de Estado de 2016 no Brasil e de seus desdobramentos. Sobre o golpe de 1973, Ruy Mauro Marini indica que “diante do fracasso de suas aspirações eleitorais, as classes dominantes reviram sua estratégia para enfrentar o movimento popular e promover a derrocada do governo”.
Esta ofensiva, de corte abertamente fascista, não poderia contudo ser dissociada das estratégias perpetradas pela própria esquerda chilena – que se dividira entre uma estratégia reformista e uma estratégia revolucionária. Nesta última, o governo da Unidade Popular não poderia ser considerado como etapa prévia ao processo revolucionário, mas como parte de um mesmo processo, a ser continuadamente radicalizado pelos setores cuja consciência permitisse cumprir o papel de vanguarda na luta de classes.
Marini, em O reformismo e a contrarrevolução, analisa o caráter burguês do Estado capitalista e as particularidades do Estado capitalista dependente. Dedica-se, portanto, à problemática da tomada e manutenção do poder pela classe trabalhadora. Partindo de uma interpretação marxista sobre a dependência em Nuestra América, Marini se debruça sobre a unidade entre o fascismo e o combate ao reformismo, em meio a uma ofensiva contrarrevolucionária.
Com atualidade impressionante, os artigos aqui recolhidos apontam os limites das políticas de conciliação de classes para a conquista e conservação do poder. Sua tradução ao português é salutar e vem em boa hora: Ruy Mauro Marini, brasileiro, escreveu no exílio. Grande parte de sua obra é ainda desconhecida do público em nosso país. O reformismo e a contrarrevolução deve ser lido por todas, todos e todes que se preocupam com as contradições do reformismo e do desenvolvimentismo para a construção de uma estratégia socialista de superação do capitalismo. (Marina Machado Gouvêa)
Sobre o professor:
Renato Ramos Milis é servidor no Colégio de Aplicação (CA/CED) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É formado em Psicologia (UFSC) e mestre em Educação (UFSC). Coordena do GE-TMD, criado em 2018, pela EFOP.