ESCOLA DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA CLASSE TRABALHADORA - VÂNIA BAMBIRRA
mié, 29 abr
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Çirculação da Balbúrdia - Artur Gomes de Souza
"Professor temporário: situações da docência em educação física na rede municipal de ensino de Florianópolis (2011/2017)".
Horário e local
29 abr 2020, 16:00 – 18:00
Videoconferência
Sobre o evento
Çírculação da Balbúrdia
A “Balbúrdia” se tornou um símbolo involuntário das universidades públicas. O estandarte de ouro do Ministro Weintraub para justificar o corte do orçamento dessas instituições, bem como de suas autonomias constitucionais. A propaganda vigorosa de difamação das universidades repercutiu em diversos dos aparelhos de propaganda do Estado, entre os quais os grandes jornais. Logo diversos editoriais clamaram pelo “fim da Balbúrdia”. Imagens das paredes de centros acadêmicos e edifícios abandonados foram banalizadas, notícias falsas e delirantes se proliferaram. O alinhamento é evidente: era preciso desmantelar o prestígio que essas instituições ainda detém diante da sociedade para extinguí-las. Mas que conhecimento é esse que se produz nas universidades e que é capaz de tirar o sono dos heróis da ordem e do progresso nacional? Deveríamos nós nos afastarmos de quaisquer depravações à intelecção da ordem? Deveríamos nos tornar cientistas brancos, de jalecos brancos, diante de quadros brancos? Muitos, dentre os quais entre nós, se agarram a essa imagem maculada da universidade como um espaço límpido de progresso e desenvolvimento. Nós, por outro lado, abraçamos a Balbúrdia.
A EFOP propõe um novo espaço de formação acadêmica e política para disputar a a universidade: a Circulação da Balbúrdia. Um espaço de debate sobre a produção acadêmica de esquerda das universidades públicas brasileiras. É um espaço para os pesquisadores apresentarem e discutirem suas teses e dissertações e colocá-las em circulação.
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PROFESSOR TEMPORÁRIO: situações da docência em Educação Física na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (2011/2017)
Artur Gomes de Souza
Dissertação submetida ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Mestre em Educação.
Orientador: Prof. Dr. Fábio Machado Pinto
Coorientadora: Prof. a Dr.ª Olinda Evangelista
RESUMO
Na pesquisa ora apresentada objetivou-se compreender as determinações da situação dos professores temporários da Educação Básica pública brasileira, no período de 2011 a 2017. Para tal, após a coleta dos microdados do INEP sobre o panorama da situação dos professores temporários no Brasil, um professor de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF) foi investigado em sua história de vida. O marco teórico proposto provém do método progressivo-regressivo sartreano com a ênfase biográfica. Concluímos que há um crescimento nos últimos anos de professores temporários no Brasil, de 37,1% em 2011 para 41,6% em 2017, e que as formas contratuais na RMEF passam por alterações com a entrada das Organizações Sociais (OS) como lei em 2018. A efemeridade do vínculo com as redes de ensino insere o professor em dinâmicas de insegurança financeira e profissional, alteram a organização da vida e expressam a forma como eles se movimentam e produzem a história. Há uma fragmentação da categoria docente, ampliada pelos programas de voluntariado espraiados pelas redes Municipais e Estaduais e diferentes nomenclaturas e condições dos temporários pelas Unidades da Federação brasileira. Percebemos que a mãe de nosso entrevistado atuou como temporária por 25 anos e que ele, aos 31 anos, não teve oportunidade de ter emprego de carteira assinada embora tenha trabalhado nas redes de ensino Federal, Estadual e Municipal e que a luta é uma constante frente aos cenários de terceirização que interpõem os interesses dos capitalistas em contraposição aos dos trabalhadores. A situação da luta foi construída em convergências de projetos que se unificaram na formação de um grupo. Tal questão, para além das relações tecidas com os colegas durante o período de graduação e laços de solidariedade conformados no cotidiano, extrapola na disputa de projetos de futuro da escolarização em Florianópolis. Palavras-chave: Professores temporários. Trabalho temporário. Política educacional. Professores de Educação Física. Educação Básica. Emprego precário. Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.